Logo a seguir ao
terramoto de 1755, o Marquês de Pombal pensa dotar a cidade de um grande jardim
público, onde os lisboetas possam conviver entre si. O novo "passeio"
é construído a norte do Rossio, em terrenos conquistados aos arredores. Em
breve se torna o mais frequentado lugar da capital, atingindo o grande
objectivo do Marquês: amalgamar as classes sociais, fazendo despontar novos
hábitos. No início do século XIX, o Passeio é restaurado e favorecido com novo
gradeamento e novos portões. O Romantismo é a sua grande época. Entra na moda
das elites, conhecendo mesmo todos os membros da família real, que por aqui se
passeiam, entre novos burgueses e pobres de pedir, sem medo das multidões.
Entre 1879 e 1886, a Câmara de Lisboa projecta e leva a cabo a demolição do
Passeio, para construção Avenida da Liberdade. Ficou sendo a primeira avenida
lisboeta, bem ao estilo do "boulevard" francês, ladeada de
construções que marcaram época e das quais pouco resta. No topo da Avenida, na
Rotunda (baptizada como Praça Marquês de Pombal), ergue-se o monumento ao
reconstrutor de Lisboa, inaugurado em 1934.
FOTOGRAFIAS DA ÉPOCA.
LISBOA DESAPARECIDA, volume I
Em baixo: pormenores de estereoscopias
de Emílio Biel (Arquivo MARINA TAVARES DIAS)
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