domingo, 29 de maio de 2011
Hospital de D. Estefânia
Começou o «abate» do
Hospital de D. Estefânia.
Nestas coisas de destruição da cidade, já pouco me revolta. Este triplo atentado (histórico, patrimonial e ao bem da comunidade) faz-me abrir uma excepção.
Em 2009, fiz uma página no Facebook para defender a obra da Rainha D. Estefânia (Hospital de D. Estefânia: Nós estamos contra o encerramento»). Duvido que consigamos seja o que for, contra especuladores e PPPs. Mas é obrigação de todos os lisboetas não deixar morrer o assunto.
Este atentado é a coisa mais grave que se programa contra a nossa cidade e as futuras gerações aqui nascidas. Mesmo eu, habituada a toda a espécie de destruição do património, não consigo deixar de ficar pasmada. E já repararam na política de silêncio do Ministério da Saúde (cujas «fontes» nada mandam para os jornais)?
Já repararam no verdadeiro atestado de incompetência que isso representa? - Neste assunto de alienação de património, e mesmo que implique maltratar a saúde das nossas crianças, o MS nem sequer é ouvido ou achado. Valores mais altos...
Começou o abate do Hospital, com a decisão inacreditável de encerrar o bloco de partos a 6 de Junho de 2011. Edifício modelo, com obras de pouco mais de uma década e funcionamento considerado exemplar em termos técnicos e humanos. A partir de Junho, uma criança que nasça doente na Maternidade Alfredo da Costa é separada da mãe, para ir para o Hospital de D. Estefânia. Pareceria anedota, se não fosse aquilo que é.
MARINA TAVARES DIAS
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