(...)Numa evolução rápida a partir do "josezinho" - casaco curto do final do século XVIII -, passaram de vermelhos a pretos, confirmando a tendência ancestral das lisboetas para trajar de negro. Quando o "josezinho" encarnado ficou sendo pertença exclusiva das saloias de Loures, Queluz ou Mafra, e os lenços de cambraia e musselina foram por estas substituídos pelos barretes, as alfacinhas começaram a talhar o capote em linhas direitas e austeras.
O lenço inicial manteve-se, mas, de tão ensopada em goma, a tarlatana branca já nem tocava o pescoço. (...)
[CONTINUA NO LIVRO a explicação da razão pela qual os lisboetas ignoram que este é o traje típico da sua cidade]
MARINA TAVARES DIAS
em
LISBOA DESAPARECIDA,
volume III
capítulo «A Mulher de capote e Lenço»
postal ilustrado editado por Faustino Gomes.
Fototipia a partir de cliché antigo
de um dos maiores fotógrafos lisboetas
do século XIX: Francesco Rocchini
Interessante
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