segunda-feira, 30 de setembro de 2013

OS ANJOS E OS ARROIOS

Esta área de Lisboa pertencia, desde meados do século XII, à vasta freguesia de Santas Justa e Rufina. No Séc. XVI, no breve reinado do Cardeal D. Henrique, a freguesia, então já conhecida apenas pela designação de Santa Justa, foi dividida em cinco: Socorro, São José, Anjos, Pena e São Sebastião da Pedreira. De fora, temporariamente, a zona arrabaldina a nordeste, com corredoura na direcção única de Sacavém, e cujos arroios, pântanos e levadas confluíam para o antigo Regueirão dos Anjos. Ou seja, Arroios. Que no tempo de Eça ainda era recato dos namoros burgueses, a léguas do centro da cidade, cuja saída se fazia pelo Largo do Intendente.

Existente como tal desde 1564, a FREGUESIA DOS ANJOS desapareceu ontem do mapa autárquico. Mas não reapareceu a primeiríssima designação de Santa Justa; nem mesmo na Baixa. Quanto aos Anjos, foram «agregados» aos tais arroios que corriam para o regueirão. Ou seja: a História de Lisboa lida de pernas para o ar. Daqui a um século, os olisipógrafos vão ter de aprender coisas muito complicadas. 

Visitemos, pois, Arroios (!). O Bairro dos Anjos. Um dos mais belos, históricos e esquecidos da cidade. 
Todas as imagens © Arquivo Marina Tavares Dias, 2013.













Foi onde tirámos estas fotografias.

Todas as imagens © Arquivo Marina Tavares Dias, 2013.


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