sexta-feira, 2 de maio de 2014

AS MUSAS DO TEATRO POLYTEAMA

O Teatro Politeama fugiu ao destino de quase todas as centenárias casas de espectáculo alfacinhas. Goste-se ou não do seu estilo como encenador, devemo-lo, sobretudo, a Filipe La Féria. Basta ver como estão os vizinhos Odeon e Olympia (La Féria parece não ter desistido de recuperar este último, mas as obras são ainda mais avultadas). 

Quanto ao Odeon, com a galeria lateral sobre a Rua dos Condes, em ferro e vidro e quase totalmente destruída, será difícil acudir-lhe já. Porque o deixaram chegar a tal estado? - Hoje em dia, ninguém trabalha junções tão estreitas de vidrilhos soldados a quente no ferro fundido. Tudo o que se conseguiria, seria um pastiche em vitral moderno, ou uma substituição por materiais de liga mais leve. O Odeon dificilmente deixará de morrer. E foram 10 anos (apenas) que lhe ditaram tal sorte. Há dez anos, ainda teria sido possível o restauro.

Por causa destas histórias tristes é que olhamos sempre com algum regozijo para o maravilhoso tecto de Veloso Salgado, quando nos sentamos na centenária sala do Polyteama (ou Politeama). Aqui ficam as fotografias da inauguração, em 1913.



1 comentário:

  1. Realmente é muito triste como é que deixam o cinema Odeon chegar a este estado em plena capital lisboeta! Principalmente na rua que liga ao Condes, atual Hard Rock cafe. Não se admite! Não venham com a desculpa da crise, porque em vez de fazerem caixotes nos aredores de Lisboa para escritórios deviam recuperar e investir neste nosso patromónio.

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