«A Feira Popular de Palhavã, inaugurada em 1943 como apoio à Colónia Balnear Infantil de “O Século”.
Quando a Feira Popular se instalou nos terrenos do antigo Parque José Maria Eugénio de Almeida, Lisboa era uma cidade que mantinha hábitos antigos, semiprovincianos. Assim, aquele que foi apresentado em jornais e revistas como “o primeiro luna-parque português permanente” juntava às modernas atracções e aos divertimentos mais sofisticados todas as heranças da tradicional feira de rua: barracas de comes e bebes, bazares de tostão, tiro ao alvo e pim-pam-pum. [...]»
sábado, 27 de setembro de 2014
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
A TORRINHA do Parque Eduardo VII
Marina Tavares Dias
em Photographias de Lisboa:
A TORRINHA
de quinta com o mesmo nome morava no futuro Parque Eduardo VII desde 1764. A seguir ao terramoto, estas terras do Vale do Pereiro eram inóspitas e de mau cultivo. Após a extinção das ordens religiosas (1835) foram divididas por vários proprietários rurais [.../...]. A Torrinha foi a última resistente ao plano do Parque Eduardo VII. Veio abaixo em Abril de 1916.
em Photographias de Lisboa:
A TORRINHA
de quinta com o mesmo nome morava no futuro Parque Eduardo VII desde 1764. A seguir ao terramoto, estas terras do Vale do Pereiro eram inóspitas e de mau cultivo. Após a extinção das ordens religiosas (1835) foram divididas por vários proprietários rurais [.../...]. A Torrinha foi a última resistente ao plano do Parque Eduardo VII. Veio abaixo em Abril de 1916.
(continua no livro)
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Lisboa, 1908
MENÇÃO HONROSA
Valmor em 1908, a casa de Branco Rodrigues foi projectada por Manuel Joaquim de Norte Junior, um dos mais celebrados arquitectos do início do século. Este pequeno edifício ocupava o gaveto com o número 36 da Avenida da República, fronteiro ao "chalet" da Viscondessa de Valmor (arq.Ventura Terra, 1906, ainda existente). Nesse ano de 1908, o Prémio foi para Adães Bermudes, com o número 2 da Av: Almirante Reis. Este último ainda existe, mas o palacinho da foto foi demolido em 1950.
(continua no livro)
Em:
Photographias de Lisboa
de
Marina Tavares Dias
1989
Valmor em 1908, a casa de Branco Rodrigues foi projectada por Manuel Joaquim de Norte Junior, um dos mais celebrados arquitectos do início do século. Este pequeno edifício ocupava o gaveto com o número 36 da Avenida da República, fronteiro ao "chalet" da Viscondessa de Valmor (arq.Ventura Terra, 1906, ainda existente). Nesse ano de 1908, o Prémio foi para Adães Bermudes, com o número 2 da Av: Almirante Reis. Este último ainda existe, mas o palacinho da foto foi demolido em 1950.
(continua no livro)
Em:
Photographias de Lisboa
de
Marina Tavares Dias
1989
bilhete postal ilustrado de Paulo Guedes,
editado em 1908, circulado em 1909
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
A LISBOA DE EÇA DE QUEIROZ
Marina Tavares Dias
Pag. 26
Modificações do Rossio ao longo da segunda metade do século XIX. Os pais de Eça moravam no quarto andar do prédio número 26 (sobre o actual Café Nicola, do lado ocidental da praça) e foi esta a morada do escritor entre 1866 e 1872. Em 1898, durante as comemorações do Centenário da Índia, Eça está em Lisboa e assiste, da janela, ao cortejo.
em
A LISBOA DE EÇA DE QUEIROZ
Pag. 26
Modificações do Rossio ao longo da segunda metade do século XIX. Os pais de Eça moravam no quarto andar do prédio número 26 (sobre o actual Café Nicola, do lado ocidental da praça) e foi esta a morada do escritor entre 1866 e 1872. Em 1898, durante as comemorações do Centenário da Índia, Eça está em Lisboa e assiste, da janela, ao cortejo.
(continua no livro)
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
BANHA DA COBRA
Photographias de Lisboa
«DEITEM-SE OS PÓS
n'um copo d'agua», diz o pelotiqueiro desencantado por Benoliel ali à praça Luiz de Camões, na fronteira do Bairro Alto. A reportagem do dia 6 de Junho de 1910 revela que os charlatães resolvem todos os problemas, desde a febre dos fenos até aos bicos de papagaio. Nesta época, estão por Lisboa toda. "Lisboa toda", salienta o articulista, é "o Chiado, a Rua do Ouro, o Rocio, parte da Avenida, as secretarias de Estado e o ambinete secreto de certos ninhos galantes". A todos, o charlatão leva os seus pós e o seu conforto. E a Praça de Camões é sempre um mar de gente.
de
Marina Tavares Dias :
Marina Tavares Dias :
«DEITEM-SE OS PÓS
n'um copo d'agua», diz o pelotiqueiro desencantado por Benoliel ali à praça Luiz de Camões, na fronteira do Bairro Alto. A reportagem do dia 6 de Junho de 1910 revela que os charlatães resolvem todos os problemas, desde a febre dos fenos até aos bicos de papagaio. Nesta época, estão por Lisboa toda. "Lisboa toda", salienta o articulista, é "o Chiado, a Rua do Ouro, o Rocio, parte da Avenida, as secretarias de Estado e o ambinete secreto de certos ninhos galantes". A todos, o charlatão leva os seus pós e o seu conforto. E a Praça de Camões é sempre um mar de gente.
sábado, 6 de setembro de 2014
A FADISTA MARIA VICTORIA
Marina Tavares Dias
em
Lisboa Desaparecida
«Na cronologia mitológica do fado, um nome ficou escrito entre o da Severa e o de Amália: Maria Victoria. Morta aos 24 anos, antes do previsto apogeu da curta carreira teatral, Maria Victoria teve uma única homenagem póstuma: o teatro mais antigo do Parque Mayer, inaugurado em 1922, a que foi dado o seu nome.
Em 1913, a dois anos de morrer, já se resumia em balanço no "Fado da Estúrdia", da celebérrima revista "O 31". E cantava: "Tenho o sangue da Severa (...) / O fogo da Júlia Mendes / A telha de Ângela Pinto". Apesar de todo este anunciado esplendor, o curto trajecto de Maria Victoria não lhe permitiu colher louros do seu talento. Em vão procuramos, hoje, os escassos dados biográficos divulgados na época. Sobre ela caiu, a partir de 1915, o pano do silêncio.»
Lisboa Desaparecida
volume IV,
capítulo sobre O Fado:
capítulo sobre O Fado:
«Na cronologia mitológica do fado, um nome ficou escrito entre o da Severa e o de Amália: Maria Victoria. Morta aos 24 anos, antes do previsto apogeu da curta carreira teatral, Maria Victoria teve uma única homenagem póstuma: o teatro mais antigo do Parque Mayer, inaugurado em 1922, a que foi dado o seu nome.
Em 1913, a dois anos de morrer, já se resumia em balanço no "Fado da Estúrdia", da celebérrima revista "O 31". E cantava: "Tenho o sangue da Severa (...) / O fogo da Júlia Mendes / A telha de Ângela Pinto". Apesar de todo este anunciado esplendor, o curto trajecto de Maria Victoria não lhe permitiu colher louros do seu talento. Em vão procuramos, hoje, os escassos dados biográficos divulgados na época. Sobre ela caiu, a partir de 1915, o pano do silêncio.»
[...]
«O "Diário de Notícias" anunciou a morte, ocorrida a 30 de Abril desse ano,nas parcas 25 linhas concedidas aos "jovens talentos", omitindo a data de nascimento (1891) e a origem da doença que a vitimou. Mais generoso que os outros jornais, paginava, contudo, um pequeno retrato, acompanhando o vago epitáfio: "Dispondo de uma pequena voz, Maria Victoria conseguiu uma certa celebridade pela graça e leveza que imprimia aos pequenos papéis que lhe distribuíam".»
[continua no livro]
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Ainda as típicas varinas de Lisboa
Lisboa muda muito, após 1755. Os lisboetas, também. Mas a cidade do final do século XVIII e de todo o século XIX é ainda um imenso carrocel de costumes e de animados pregões. Símbolo do novo abastecimento, surgem, no século XIX, os grandes mercados cobertos. Pela madrugada, continuam a chegar, de carroça, os víveres cultivados nos arredores. São vendidos também de porta em porta: o leite, a hortaliça, a fruta, a criação. O século XIX vê também nascer a mais famosa figura das ruas: a varina de Lisboa.
gravura da Biblioteca Nacional
Fotografia 'carte-de-visite'
do estúdio Solas
Fotografia de Joshua Benoliel
terça-feira, 2 de setembro de 2014
Animação numa praia perdida
Marina Tavares Dias
Data: c. 1902
Autor: fotógrafo da Casa 92 (Rua Nova do Almada)
em
Lisboa Antes e Agora:
«Local: Praia de Algés
Data: c. 1902
Autor: fotógrafo da Casa 92 (Rua Nova do Almada)
Legenda: Cães amestrados em espectáculo para crianças, na praia de Algés. Depois da moda da praia de Pedrouços, que durou de meados de Oitocentos até à viragem para o século XX, o caminho-de-ferro viria, gradualmente, trazer os veraneantes para praias mais longe do centro da cidade. Algés era ainda moda quando esta fotografia foi tirada. Em breve, e em linha recta no espaço e no tempo, seria substituída pela Cruz Quebrada, por Oeiras e pelos Estoris [...]»
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