terça-feira, 15 de julho de 2014

JÚLIO CÉSAR MACHADO
por
MARINA TAVARES DIAS

Quando Júlio de Castilho nascia para as letras, nelas fazia já carreira consagrada Júlio César Machado. A sua fama e o seu prestígio andaram desde sempre ligados ao género literário mais frequentado do século XIX: o folhetim periódico.

Antes da telenovela, da fotonovela e da radionovela; antes das fascículas vendidas ao domicílio nos prédios de rendimento, a tiragem dos jornais contava com um aliado de peso que fazia suspirar a família inteira: o enredo do folhetim com presença cativa no rodapé da segunda página. Machadinho, com era conhecido no o meio jornalístico, especializou-se nestas novelas que continuavam para o dia seguinte, granjeando nelas a notoriedade com que, mais tarde, transformaria em êxitos rápidos os seus livros e outras publicações.

Sem ser propriamente um olisipógrafo investigador, Júlio César Machado foi a mais atenta testemunha da cidade do seu tempo, dos seus hábitos, manias, locais de culto e de maledicência, das suas alegrias, tristezas, martírios e superstições. Enquadrando cada novela num verdadeiro fresco de figuras típicas em cenários célebres, a sua escrita, como nenhuma outra, coloca o leitor em pleno Passeio Público ou em pleno Café Marrare, muito mais de cem anos depois de Machadinho os ter narrado.» 

(CONTINUA NO LIVRO 
'HISTÓRIAS DE LISBOA' 
DE MARINA TAVARES DIAS )

Photographia «carte-de-visite» do ARQUIVO MARINA TAVARES DIAS. 
Fotografia actual de Marina Tavares Dias

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