sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

MORADAS DOS MAIS MÍTICOS 

CAFÉS DE LISBOA

ATRAVÉS DOS SÉCULOS

Recolha do Arquivo Marina Tavares Dias
com base, exclusivamente, 
nos livros da olisipógrafa

parte 3


CAFÉS DO CHIADO


Café Marrare (conhecido por Marrare do Polimento) – Rua Garrett, 58 a 60 (edifício com os números 54 a 64). Fundado em 1820, estivera anteriormente no antigo número 33 da mesma rua. Encerrado em 1866.
Existiu no mesmo local outro café, o Café Chiado, fundado em 1925, decorado com mobiliário de verga e ostentando vastos painéis de azulejos, representando costumes portugueses e de autoria de Jorge Barradas. Seria encerrado em 1963. Trespassado a uma companhia de seguros - Império - foi o edifício integralmente demolido, assim como todo o quarteirão, cujas traseiras confinam com o Largo do Carmo. Este atentado, nos primeiros dois anos do século XX, foi um dos piores jamais perpetrados sobre vários edifícios históricos da zona. Como que um «segundo incêndio do Chiado», cujas consequências nunca chegaram aos telejornais.


O Café Chiado, cuja configuração interior mantinha as 
características do célebre Marrare do Polimento, 
foi totalmente demolido já no século XXI, 
servindo hoje de corredor de passagem 
para o lado oposto do quarteirão



Café Central – Rua Garrett, 111 a 113.
Encerrado em 1875. Actualmente (e desde 1942): Livraria Sá da Costa. Esta livraria encerrou este ano, encontrando-se o espaço à espera de novo destino.

A Brasileira (conhecida por Brasileira do Chiado, distinguindo-se assim da Brasileira do Rossio) – Rua Garrett, 120 a 122.
Desde 1905. Fachada actual de 1925. Um dos dois cafés lisboetas «clássicos» sobreviventes. O terceiro, Martinho da Arcada, dedica, desde 1989, a sala principal exclusivamente a serviço de refeições.




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