No início do século XX, pescava-se aqui em barquinhos como este, velejando por recreio. Sacavém e Camarate, adornadas de vastas quintas, faziam bom destino para férias fora de portas, mesmo após o início da urbanização do outro arrabalde que, até então, com este rivalizara: Benfica (Bemfica).
A partir da década de 1940, as descargas poluentes quase mataram o rio. Hoje já não se pesca nem navega, mas pode de novo respirar-se nas suas margens. Embora Sacavém permaneça designação clássica, o rio deve nome oficial a Afonso Trancão, proprietário de salinas e de quintas que atravessava no século XIII. Ou seja, praticamente cem anos após D. Afonso Henriques ter travado, nestas margens, o primeiro combate com vista à futura entrada vitoriosa em Lisboa.
Finalmente, neste ano de 2013, as câmaras municipais de Lisboa e de Loures contribuíram para o projecto de recuperação da Ribeira de Sacavém, que pode finamente ser visitada e apreciada como o era há mais de um século.
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