Excertos de dois dos inúmeros textos publicados por Marina Tavares Dias em jornais e revistas, entre Agosto e Dezembro de 1988, defendendo a manutenção das lojas históricas que arderam no incêndio do dia 25 de Agosto de 1988. Textos e fotografias das publicações da época: ARQUIVO MARINA TAVARES DIAS.
Mostrar mensagens com a etiqueta Diário Popular. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Diário Popular. Mostrar todas as mensagens
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
quinta-feira, 14 de março de 2013
quinta-feira, 7 de março de 2013
domingo, 27 de janeiro de 2013
terça-feira, 5 de abril de 2011
Praça da Figueira

Praça da Figueira. O antigo mercado, demolido em 1949. Postal ilustrado antigo, escolhido para ilustrar a capa do primeiro volume de «Lisboa Desaparecida», em 1987.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Lisboa Desaparecida: um fenómeno da olisipografia nascido nos jornais

Das chatas e labregas que desciam a ria de Aveiro até aos mais miseráveis bairros da Lisboa de Oitocentos, as varinas cumpriram todos os rituais da estampa etnográfica. Inspiraram poetas, pintores e alfacinhas em geral, atentos aos gritos quotidianos que anunciavam a chegada do peixe: "Viva da costa!"; "Pescada do alto!"; "Olha a bela pescada marmota!". Um dia, desapareceram. Caiou-se de novo a lúgubre Madragoa e fizeram-se restaurantes finos nas antigas tascas do vinho morangueiro, sentaram-se etnógrafos a narrar origens e extinção das «gregas do ocidente», conformaram-se os outros bairros com peixe congelado dos supermercados. Foi assim aos poucos, antes que se desse por isso. Mas foi o fim de uma era. Publicado no «Diário de Lisboa» em 1989.
terça-feira, 21 de abril de 2009
TEXTO PUBLICADO NO «JORNAL DE LETRAS»
EM 1997, MARCANDO
A PRIMEIRA DÉCADA
DA PUBLICAÇÃO DO PRIMEIRO LIVRO.
A "Lisboa Desaparecida" completa a sua primeira década. Pedem-me agora que sobre ela escreva, o que se me afigura tarefa espinhosa: nunca tal fiz, ao longo de todo este tempo.
[.../...]
Naquela época, julguei fácil convencer uma editora a investir nos textos do "Popular" (alguns, entretanto, publicados também no "Expresso"), porque contavam já com o que eu julgava ser um público fiel. Ninguém embandeirou em arco, houve hesitações e recusas até ao dia em que, sentada à minha secretária na Redacção, recebi uma chamada: "Somos uma editora nova e gostamos imenso das suas páginas de Sábado". Meses depois, eu e essa "editora nova" estávamos a lançar o primeiro volume da "Lisboa Desaparecida" no Café Nicola.
Passaram 10 anos. Muito pouco daquilo que era o meu estilo desse tempo (aos vinte e poucos anos) permanece. Muito pouco do que foram as motivações iniciais é hoje prioritário. Desapareceu o "Diário Popular" - o seu público fiel onde estará? -, a enorme Redacção em «open-space» (como agora é moda dizer-se) está vazia, o precioso arquivo talvez perdido. O Bairro Alto deixou de ser o bairro dos jornais e os diários vespertinos cumpriram o seu ciclo temporal. Agora, existe mesmo uma "Lisboa Desaparecida" onde eu vivi. [...]abordei-a ao de leve no volume IV, como parte da história da cidade. E, pela primeira vez, terei então dado razão aos que - sem a terem lido - diziam ser esta uma "Lisboa" saudosista. Agora, talvez até seja. Para fugir a isso, à medida que o tempo passa, a investigação vai assumindo uma postura que alguns dos leitores antigos me dizem ser "demasiado séria": «Pois não é que você escreveu um texto com notas de rodapé? - E ainda tem lata de dizer que este livro serve para divulgar a história da cidade e que é escrito para todos os lisboetas?»
Assim o quis, de facto. E nunca os lisboetas me desapontaram.
Marina Tavares Dias
EM 1997, MARCANDO
A PRIMEIRA DÉCADA
DA PUBLICAÇÃO DO PRIMEIRO LIVRO.
A "Lisboa Desaparecida" completa a sua primeira década. Pedem-me agora que sobre ela escreva, o que se me afigura tarefa espinhosa: nunca tal fiz, ao longo de todo este tempo.
[.../...]
Naquela época, julguei fácil convencer uma editora a investir nos textos do "Popular" (alguns, entretanto, publicados também no "Expresso"), porque contavam já com o que eu julgava ser um público fiel. Ninguém embandeirou em arco, houve hesitações e recusas até ao dia em que, sentada à minha secretária na Redacção, recebi uma chamada: "Somos uma editora nova e gostamos imenso das suas páginas de Sábado". Meses depois, eu e essa "editora nova" estávamos a lançar o primeiro volume da "Lisboa Desaparecida" no Café Nicola.
Passaram 10 anos. Muito pouco daquilo que era o meu estilo desse tempo (aos vinte e poucos anos) permanece. Muito pouco do que foram as motivações iniciais é hoje prioritário. Desapareceu o "Diário Popular" - o seu público fiel onde estará? -, a enorme Redacção em «open-space» (como agora é moda dizer-se) está vazia, o precioso arquivo talvez perdido. O Bairro Alto deixou de ser o bairro dos jornais e os diários vespertinos cumpriram o seu ciclo temporal. Agora, existe mesmo uma "Lisboa Desaparecida" onde eu vivi. [...]abordei-a ao de leve no volume IV, como parte da história da cidade. E, pela primeira vez, terei então dado razão aos que - sem a terem lido - diziam ser esta uma "Lisboa" saudosista. Agora, talvez até seja. Para fugir a isso, à medida que o tempo passa, a investigação vai assumindo uma postura que alguns dos leitores antigos me dizem ser "demasiado séria": «Pois não é que você escreveu um texto com notas de rodapé? - E ainda tem lata de dizer que este livro serve para divulgar a história da cidade e que é escrito para todos os lisboetas?»
Assim o quis, de facto. E nunca os lisboetas me desapontaram.
Marina Tavares Dias
Etiquetas:
1755,
1985,
1987,
1997,
Bairro Alto,
Café Nicola,
Diário Popular,
Lisboa,
Lisboa Desaparecida,
Lisbon,
olisipógrafos,
Praça da Figueira
Subscrever:
Mensagens (Atom)