segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Lisboa sem Avenida Almirante Reis

 


Vista da colina de São Gens (Nossa Senhora do Monte) sobre o Desterro e o Intendente, antes da existência da Avenida Almirante Reis. Vista estereoscópica do século  XIX (c. 1870). Ao centro, o local para onde seria depois mudado o Chafariz do Intendente. Em cima, à esquerda, a



Praça de Touros do Campo de Santana, no local onde viria a ser construída a Escola Médica. 

domingo, 12 de junho de 2022

A Expo de 1940

MARINA TAVARES DIAS

BELÉM 

E A 

EXPOSIÇÃO DO MUNDO PORTUGUÊS


Mapa desdobrável vendido na época e publicado no IV volume
de Lisboa Desaparecida 
de Marina Tavares Dias



*pequeno fragmento do texto
 [...] A Exposição do Mundo Português será a coroa de glória das opções assumidas por [António] Ferro e apenas esboçadas anos antes, quer na Exposição Industrial do Porto quer na Internacional de Paris, em 1937, onde o pavilhão concebido pelo jovem arquitecto Keil do Amaral rompia com tudo aquilo que, até então, Portugal apresentara ao estrangeiro. 

 No guia da Exposição do Mundo Português, o comissário Augusto de Castro escreve: "Sendo um olhar lançado sobre o passado, [a exposição] não terá um carácter exclusivamente erudito - e muito menos arqueológico. Deverá ser, ao contrário, uma lição de energia, uma perspectiva do génio português através de todos os estímulos de grandeza, um balanço de forças espirituais." [...]

 [...] Outros panfletos salientam tratar-se da primeira grande exposição histórica do Mundo. Esse mesmo mundo agora - historicamente - em guerra, ajudando a gerar, à volta desta paz sacralizante e sacralizada, o ambiente de um paraíso do absurdo.

sábado, 11 de junho de 2022

OS VENCIDOS DA VIDA

 Marina Tavares Dias 

em A LISBOA DE EÇA DE QUEIROZ:


Os Vencidos da Vida (com excepção de António Cândido) fotografados por Augusto Bobone em 1889, no jardim da casa do conde de Arnoso, na Rua de S. Domingos à Lapa: marquês de Soveral (Luiz Pinto de Soveral, 1850-1922), Carlos Lima Mayer (1846-1910), conde de Sabugosa (António José de Mello Cezar de Menezes, 1854-1923), Oliveira Martins (1846-1894), Carlos Lobo d’Ávila (1860-1895), Eça (1845-1900), Ramalho Ortigão (1836-1915), Guerra Junqueiro (1850-1923), conde de Arnoso (Bernardo Pinheiro Correia de Mello, 1855-1911) e conde de Ficalho (Francisco Manoel de Mello Breyner, 1837-1903)

«Paris fez a Revolução, Londres deu Shakespeare, Viena deu Mozart, Berlim deu Kant, Lisboa... deu-nos a nós – que diabo!»
- Eça de Queiroz em carta a Ramalho Ortigão, 20 de Julho de 1873.
Acompanhe-os. No livro ou aqui:





Várias peças originais, com a fotografia, em alta resolução,
dos Vencidos da Vida. À venda em: 
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quinta-feira, 9 de junho de 2022

O AZULEJO DA RAINHA DOS MERCADOS

 

A Rainha dos Mercados



Azulejo alusivo ao concurso da Rainha dos Mercados, organizado pelo Diário de Lisboa em 1929. Foi uma das figuras avulso que em tempos adornaram a escadaria do jornal. O desenho é de Stuart Carvalhaes (Lisboa Desaparecida, de Marina Tavares Dias, volume II).


Esta é Ilda Fernandes, a vendedeira da Praça da Figueira que ganhou o prémio de «Rainha dos Mercados», oferecido pelo 'Diário de Lisboa' em 1929. A sua história e a história do concurso estão no segundo volume da Lisboa Desaparecida de Marina Tavares Dias.

domingo, 15 de maio de 2022

A FEIRA POPULAR DE PALHAVÃ

 





A Feira Popular de Palhavã, inaugurada em 1943 como apoio à Colónia Balnear Infantil de “O Século”.
Quando a Feira Popular se instalou nos terrenos do antigo Parque José Maria Eugénio de Almeida, Lisboa era uma cidade que mantinha hábitos antigos, semiprovincianos. Assim, aquele que foi apresentado em jornais e revistas como “o primeiro luna-parque português permanente” juntava às modernas atracções e aos divertimentos mais sofisticados todas as heranças da tradicional feira de rua: barracas de comes e bebes, bazares de tostão, tiro ao alvo e pim-pam-pum.

Em Lisboa nos Anos 40 - Longe da Guerra, de Marina Tavares Dias.

quinta-feira, 5 de maio de 2022

PEÇAS DO ARQUIVO MTD

  




A Photographia Rocha, Praça da Alegria de Baixo, especializava-se em retratos de actores. [...] 

  Os lisboetas de agora não podem imaginar como o público de 1870 adorava o Teatro do seu tempo. Eram sessões seguidas, todos os dias. Lotações sempre esgotadas. [...] Aqui estão os grandes actores Queiroz, Leone, Augusto e, à direita, Brazão. O futuro «grande Senhor» da Companhia Rosas e Brazão, aqui tão jovem, não parece o mesmo Eduardo Brazão de 1900, já coroado de glória. Parecem todos muito contentes. Tentariam replicar um quadro da peça em cena? - O futuro já não ouve, em surdina, a motivação destas poses. Mas é bom saber que, num dia qualquer, algures entre 1865 e 1870, estes cavalheiros resolveram encenar-se, em conjunto, frente à lente da câmara do Sr. Rocha. Casa fotográfica que foi demolida para se rasgar a Avenida da Liberdade. 

 E os teatros onde eles representavam? - Esses, desabaram sob o camartelo municipal, um a um. O empresário trocou de elenco, provavelmente, logo na peça seguinte. E eles, os actores, foram perdendo a juventude quase espampanante aqui exibida. O público foi morrendo, até não restar alguém que os tenha visto em palco. O clamor dos aplausos passou. Outros famosos ocupam o imaginário de outra época. Outros que o público futuro igualmente esquecerá. 
 
 Desse tempo, dessa fama, dessa glória, desse quotidiano, desse mundo - ficou esta fotografia. 


 MARINA TAVARES DIAS