Marina Tavares Dias
Lisboa nos Anos 40 | Longe da Guerra
Capítulo III
À medida que iam crescendo edifícios e arruamentos nas novas áreas urbanas a norte da Avenida Almirante Reis ia desaparecendo, a sul, a velha Mouraria. A degradação das casas mais antigas justificava, aos olhos do poder, uma devastação completa: “arrancar o mal pela raiz”. Semana após semana, tombavam por terra algumas referências alfacinhas, como a Ourivesaria da Guia, o Palácio do Marquês de Alegrete ou a Igreja do Socorro. Demolições que continuariam ainda pelas décadas de 50 e de 60, com o desaparecimento do Teatro Apolo e do último arco da cerca fernandina. Mas a Mouraria ocidental não morreu em vão: serviu como exemplo dos erros da demolição sem critério. Antes que o desaparecimento de outros bairros históricos fosse por diante, já tinham mudado os tempos, as vontades e as modas urbanísticas.
À medida que iam crescendo edifícios e arruamentos nas novas áreas urbanas a norte da Avenida Almirante Reis ia desaparecendo, a sul, a velha Mouraria. A degradação das casas mais antigas justificava, aos olhos do poder, uma devastação completa: “arrancar o mal pela raiz”. Semana após semana, tombavam por terra algumas referências alfacinhas, como a Ourivesaria da Guia, o Palácio do Marquês de Alegrete ou a Igreja do Socorro. Demolições que continuariam ainda pelas décadas de 50 e de 60, com o desaparecimento do Teatro Apolo e do último arco da cerca fernandina. Mas a Mouraria ocidental não morreu em vão: serviu como exemplo dos erros da demolição sem critério. Antes que o desaparecimento de outros bairros históricos fosse por diante, já tinham mudado os tempos, as vontades e as modas urbanísticas.
Rua e Arco do Marquês de Alegrete.
A Baixa Mouraria foi
totalmente destruída entre 1946 e 1963.
Aguarela de Roque Gameiro (s/d)
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